terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Todo tempo de minha vida.

O tempo passou, e mal pude perceber o quão rápido tudo isso aconteceu. Ainda sim, mesmo podendo olhar para trás, a esta altura do campeonato também não imagino como consegui sobreviver a tantas ocasiões, tantos momentos. Quantas pessoas por mim passaram, quantas conseguiram ficar, quantos locais já fui, quantas vezes consegui sorrir de verdade, ou quantas vezes pude chorar, não imagino... Não imagino, nem mesmo tenho idéia de quantas vezes foi só sei que foi. Se foi. Já passou. Tudo está passando, tão depressa quanto tudo passou. E mesmo percebendo as repetições de minha vida, ainda sim sou assombrada pelo medo. Medo de ter aguentado tudo até aqui, e depois... Não aguentar mais. Medo de amar e não ser amada. Medo de ser esquecida. Medo de ter medo. Já vi muita coisa, vivi poucas. Não sou a pessoa exata para falar sobre a vida, já que agora que estou começando a minha. Mas nem de longe evito dizer que sei bem como ela é curta. Inúmeras vezes já me falaram para viver o hoje como se fosse amanhã. Quem sabe seja porque o tempo não dá a todos o prazer de viver as desventuras da eternidade, ou simplesmente porque tem de ser assim. Mas eu ando me esforçando tentando fazer durar o que não é tão fácil assim. Afinal, conseguir viver é o grande mistério da vida, e nem todos percebem a eternidade que há no final dela, e até descobrirem e perceberem tamanho fato, já não estão mais no melhor lugar para se descobrir. Às vezes sinto não estar no ritmo correto, na batida ideal do relógio da existência. Mas é que nunca fui de ser igual, às vezes acelerada demais, ou lenta demais, nunca como o todo. Nada comum também. Essa sou eu, sem um ritmo certo, tudo certamente incerto. Com meus medos, e minhas visões. Meus pensamentos, minhas decisões. Meus sentimentos, meus problemas. Meu eu, e o que é meu.
Talvez eu não viva uma vida, quem sabe uma expiação. Ainda não entendo bem qual o meu motivo de estar aqui, só vejo que meu tempo está passando, meu medo crescendo, e minha solidão aumentando. Gritar não adianta mais, fugir também não. Então só o que me resta é levantar a cabeça e seguir em frente, enfrentar tudo o que tenho de enfrentar. Sentir o que tenho de sentir. Fazer o que tiver de fazer, antes que meu relógio pare. Antes que meus segundos se desfaçam sem ao menos eu poder dizer adeus.

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