quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Logo agora, logo ali.

Não queria passar batido, não queria que fosse de graça.Eu pagaria pra ver - e quem não o faria? Já tinha me cobrado tanto, que sabia o preço de cor.O homem que diz "Vou", não vai.Com toda razão, Vinícius.
Eu quero falar sobre essa ciência exata que a gente não domina.

Que pra falar a verdade, a gente nem conhece.Não sei de onde veio essa história, quem teve a idéia primeiro. Não sei sei porque eu acreditei, não sei porque achei que alguém poderia me provar.Poderia dar certo? Não sería uma histería coletiva, assim como -na minha opinião- sería a religião? Não estamos pré-dispostos a acreditar?Eu sou um esquerdista desde que nasci. Andei muito tempo com o vermelho estampado no peito. Pelo comunismo que dispertava tanto interesse em uma cabeça tão nova. Nunca gostei do azul, fosse pelo Grêmio, pela elite ou pelo PSDB - quem sabe?Eu amo o Sport Clube Corinthians, eu amo o espirito de mudança e igualdade que a esquerda propõe. E não me digam que não funciona na prática - a vida não funciona na prática.Amo muito pouca coisa. Amo intensamente. Me apaixono pelo mundo, mas isso está muito longe do amor.Eu acho que o azul é passageiro. O vermelho é pra toda minha vida.Assim separo o mundo: ou você é azul, ou é vermelho. Entraremos em consenso e seremos verdes? Não. Precisamos ser separados, precisamos nos dividir.É que na minha vida, muitos vermelhos insistem em se passar por azuis."As vezes acho não sou daqui, não tente me entender." Essa frase costumava ser minha. Admito que perdi os direitos sobre ela. Na verdade, doei a autoria.Lá vem o planeta, pintado de azul e verde. Cadê o vermelho?!?
Eu acredito nas casualidades, nos encontros, nas passagens.Nas conversas que temos, nas músicas que cantamos. No que somos e nunca deixamos de ser.Eu acredito que podemos ser muito fortes, muito mais. Podemos ser como todos, e o tudo pode ser capaz.Eu quero suas mãos, suas ideias e defeitos, que me ensine o seu jeito, enquanto aprende o meu.Quero que faça sentido, que seja proibido, mas que entre nós todos não exista lei.Quero ser tudo que tem graça, que tem gosto e da pra sentir.Quero o que mais me da vontade, e quero vontade pra prosseguir.Quero voar, mergulhar, morrer e matar a vontade de querer.Oh, se o mundo soubesse por um segundo como se pode viver.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Entre nós dois.
Eu te espero a meia-noite debaixo de uma árvoreChorando todas as minhas mágoasNa mera esperança de te ver de novoMas tudo que eu consegui foram decepçõesE um coração partidoA lua está sorrindo para vocêE iluminando tudo ao seu redorFazendo-me ficar sem arE morrer de amor por vocêAssim como na primeira vezVocê me faz felizIsso já basta agoraVamos esquecer o depoisPois agora é só você e euComo da primeira vezVocê sorri pra mimE eu te beijoO jogo rolaPor que nós não temos horaPara amar um ao outroSe você me amaMe proveMe digaPor que tudo que eu vejoÉ só uma grande neblinaEntre nós doisTudo que eu vejo é uma grande neblina entre nós dois (2x)O seu amorEra o que eu pensavaLindo até certo pontoDepois virava nadaComo se sumisse entre arVocê dizia que me amava mas tudo que eu vejo agora é nada.

Estava entediada então compus uma música. Espero que gostem (:
Enquanto houver estrelas no céu...
Descrever o que sinto nesse momento? Quase impossível. É um misto de alegria, por saber que posso contar com você para tudo, tristeza, por não ocupar o espaço no seu coração que eu gostaria, euforia, por saber que sempre vai estar ao meu lado e decepção, por não tê-lo ao meu lado do jeito que eu realmente queria. Tantas pessoas já passaram em minha vida e com elas eu tive momentos felizes, mas somando todos os momentos que eu passei com eles não é suficiente para se comparar a alegria de apenas um “oi” seu... Quando você está comigo tudo se transforma!!! A tristeza se transforma em alegria...o choro em riso...a depressão em euforia...a guerra em paz!!! O que eu sinto quando você esta perto de mim é inexplicável, não existem palavras nem argumentos suficientes pra demonstrar e provar tudo isso. Eu posso dizer “te amo” um zilhão de vezes ao cubo multiplicados por todos os grãos de areia, somados por todos os litros d 'água elevados a todas estrelas, ainda sim não seriam suficientes,aliás, nada que eu faça será suficiente!!! Não te tenho ao meu lado como gostaria, mas isso não importa porque você esta ao meu lado de qualquer jeito. Se estou triste e você chega, cadê tristeza? Ela foge,vai embora na hora. A tristeza é a escuridão e você é minha luz, por isso que quando você chega ela vai embora, porque você é minha estrela guia. Com você eu já fiz coisas que jamais faria com outro alguém. O que eu sinto por você jamais senti por ninguém, é algo que não sei explicar, ele apenas existi e ao mesmo tempo que me fortalece, me enfraquece. Quero que saiba que o amor que sinto por ti nada nem ninguém vai apagar, eu espero o tempo que for por você, e se esse tempo nunca chegar eu ainda continuarei esperando, pois te amo mto além...mto além do amor...mto além da vida...mto além da dor de não tê-lo...mto além do inferno, terra e céu! Eu vou viver, vou conhecer outras pessoas com certeza, mas sempre irei te esperar
Pode passar a eternidade e só ai TALVEZ você resolva tentar apostar em nós dois, verá que muito tempo se passou e irá pensar que eu já te esqueci, que meu amor por ti se esgotou, estará enganado, pois o amor que sinto por ti é suficiente para a eternidade vezes a eternidade. Sei que não acredita no “pra sempre”, muito menos em “amor eterno”, mas eu me recuso a aceitar que algo tão intenso e verdadeiro tenha fim. Quando queremos muito algo e lutamos por ele, ele jamais se vai.Pode passar dias, anos, décadas, séculos, enquanto houver estrelas no céu e o sol aquecer a Terra eu levarei esse amor comigo e se possível levarei ele comigo até mesmo depois disso.
You taste like cookies.
Introduction.Pude sentir meu coração voltar a bater novamente. À algum tempo não sentia meu sangue ser bombeado com força em meu peito esquerdo. Foi como se eu estivesse revivendo aqueles dias, quando meu mundo girava ao redor dele. E era recíproco. Nessas horas, chego a odiar os verbos no passado.Naqueles segundos, que eram mais parecidos com horas, meu mundo girava ao seu redor, eu era sua.Sempre fui.Detesto quando me afirmam que o tempo vai curar minhas feridas. Não vai, e eu sei que não, porque já faz algum tempo que estou esperando ficar cizatrizada, mas nada passa. Já faz um tempo que estou implorando para ele sumir de minha vida - ou melhor, dos meus pensamentos - mas ele insiste em ficar.Ainda consigo sentir seu cheiro, seu toque.. Sua respiração quente nos meus ouvidos. E aquele sorriso torto, eu consigo enxergá-lo tão perto de mim.Mas nada real. À tanto tempo eu pertenço à ele, mas ele só pertence aos meus pensamentos - e nem sabe disso. Eu grito pelo nome dele, mas só consigo escutar minha própria voz, meu próprio eco como resposta.
Meu nome é Soffia Wilkness e essa é a minha história..
01. Pietro.Carlos, meu pai, sempre com sua estúpida mania de se mudar de cidade. Já tentei mil vezes o convencer de que não é saudável para uma garota de quinze anos como eu, ficar se mudando de cidade. Nunca consegui fixar meus amigos, mas para minha sorte sempre conseguia tirar notas razoáveis que o deixavam feliz. Desta vez, papai resolveu voltar para a cidade de Elaine, minha mãe, a mulher pela qual ele sempre foi apaixonado, imagino. Mas Elaine nunca o deu valor suficiente.. As pessoas perdem a noção quando se apoiam mais em seu emprego do que em sua família.Me senti totalmente perdida em meio de todas aquelas pessoas, aqueles rostos desconhecidos, desejando boas vindas a mim e meu pai. Primavera.. Decorações de flores por todos os lados, borboletas nas paredes, nas árvores.. E no meu estômago. Porque além das mudanças, meu pai insiste em me levar em festas de boas vindas? Me sentei em uma pequena colina, na grama molhada e torci para o tempo passar rápido, tentei ignorar os rostos desconhecidos e obscuros. Depois de alguns minutos, me vi deitada na grama, observando o céu.Fui atingida por uma bola de futebol, com muito mais força do que imaginei que fosse possível se colocar em um chute, acredite. Gemi alto e me sentei colocando as mãos em minha barriga, o lugar atingido.- Oh, me desculpe, por favor, me desculpe! Você está bem? - Uma voz aparentemente juvenil, mas ao mesmo tempo encantadora e grossa, falou em tom alto, rente aos meus ouvidos, mas não me importei de virar-me para observar com quem eu falava. Fiz um sinal negativo com a cabeça, me faltava ar para falar.- Eu realmente lamento, é.. Vou chamar alguém para te levar em um hospital! - Sua voz começou a ficar em tom de desespero, ou apenas preocupação, muita. Imediatamente consegui responder.
- NÃO, eu estou bem, eu estou bem! - Tentei me levantar, mas preferi não me esforçar, sabendo que, quando estou com falta de ar, tendo a desmaiar. Me virei sem olhar para olhar para o rosto do rapaz e segurei o braço dele, que estava prestes correr para buscar ajuda. - Estou bem, acredite. Não busque pessoas aqui.- Tá, não farei isso. - Eu olhei o rosto dele, que estava em minha direção, ele estava agachado ao meu lado, um olhar de preocupação. Olhos negros presos ao meu olhar. Soltei seu braço timidamente, e abreçei minha barriga. Seu cabelo negro estava bagunçado, suado.. E sua pele pálida brilhava com a luz do sol. Decidi parar de encará-lo, voltei meu olhar para minhas próprias mãos. - Tem certeza de que está bem? Não parece.. Está pálida.- Uh, eu estou. Ficarei melhor, acredite. É a minha cor, naturalmente. - Eu abri um sorriso, que se fechou timidamente ao olhar o sorriso torto e ao mesmo tempo perfeito dele.- Seu nome?- Soffia Wilkness.. - Pronuciei meu rapidamente, torcendo para que o rapaz pálido do sorriso torto não notasse que sou a filha de Carlos, o ''protagonista da festa''. - E o seu?- Pietro Garrel. - Ele sorriu sem mostrar os dentes. - Você é a filha de Carlos.. ? Oh, você está se mudando hoje! - Ele realmente pareceu feliz, isso me assustou.- Sim, estou.. - Não houve empolgação em minha frase não completada.
- Ah, seja bem vinda soffia! - Ele abriu um sorriso largo e torto na direita, encantador. - Acho que vamos nos dar bem.- Obrigada, Pietro. - Ao ver seu sorriso, consegui sorrir.. E pela primeira vez, me senti realmente alegre por dentro, por estar em uma dessas festas de boas vindas. - Acha?- Sim, sou filho de Angela.. Uma grande amiga de seu pai, e de sua mãe, também. Eles se conhecem à algum tempo.- Angela Garrel! Acho que esse nome é familiar. - Olhei para o céu, e logo voltei meu olhar à ele, novamente.- Isso mesmo. Bom te conhecer. - Ele olhou para cima, aonde se encontrava o salão de festas e acenou para alguém, sorrindo timidamente, um sorriso diferente do que eu conheci. - É sua mãe, ela chegou. Vamos subir, se sente melhor?- Bem melhor. - Me levantei da grama molhada com a ajuda de Pietro, que foi andando um pouco na frente. Eu me sentia muito bem, estranhamente bem, para meu primeiro dia na cidade de Jopiro.
Todo tempo de minha vida.

O tempo passou, e mal pude perceber o quão rápido tudo isso aconteceu. Ainda sim, mesmo podendo olhar para trás, a esta altura do campeonato também não imagino como consegui sobreviver a tantas ocasiões, tantos momentos. Quantas pessoas por mim passaram, quantas conseguiram ficar, quantos locais já fui, quantas vezes consegui sorrir de verdade, ou quantas vezes pude chorar, não imagino... Não imagino, nem mesmo tenho idéia de quantas vezes foi só sei que foi. Se foi. Já passou. Tudo está passando, tão depressa quanto tudo passou. E mesmo percebendo as repetições de minha vida, ainda sim sou assombrada pelo medo. Medo de ter aguentado tudo até aqui, e depois... Não aguentar mais. Medo de amar e não ser amada. Medo de ser esquecida. Medo de ter medo. Já vi muita coisa, vivi poucas. Não sou a pessoa exata para falar sobre a vida, já que agora que estou começando a minha. Mas nem de longe evito dizer que sei bem como ela é curta. Inúmeras vezes já me falaram para viver o hoje como se fosse amanhã. Quem sabe seja porque o tempo não dá a todos o prazer de viver as desventuras da eternidade, ou simplesmente porque tem de ser assim. Mas eu ando me esforçando tentando fazer durar o que não é tão fácil assim. Afinal, conseguir viver é o grande mistério da vida, e nem todos percebem a eternidade que há no final dela, e até descobrirem e perceberem tamanho fato, já não estão mais no melhor lugar para se descobrir. Às vezes sinto não estar no ritmo correto, na batida ideal do relógio da existência. Mas é que nunca fui de ser igual, às vezes acelerada demais, ou lenta demais, nunca como o todo. Nada comum também. Essa sou eu, sem um ritmo certo, tudo certamente incerto. Com meus medos, e minhas visões. Meus pensamentos, minhas decisões. Meus sentimentos, meus problemas. Meu eu, e o que é meu.
Talvez eu não viva uma vida, quem sabe uma expiação. Ainda não entendo bem qual o meu motivo de estar aqui, só vejo que meu tempo está passando, meu medo crescendo, e minha solidão aumentando. Gritar não adianta mais, fugir também não. Então só o que me resta é levantar a cabeça e seguir em frente, enfrentar tudo o que tenho de enfrentar. Sentir o que tenho de sentir. Fazer o que tiver de fazer, antes que meu relógio pare. Antes que meus segundos se desfaçam sem ao menos eu poder dizer adeus.
Que tipo de pessoas somos? Que tipo de vida estamos nos colocando a viver?Sorrisos forçados, palavras e sentimentos forjados. Sonhos espatifados ao chão, largados por medo de serem compreendidos e enfrentados. Sinceridade pisoteada. Ninguém ao menos corajoso para seguir em frente por medo - ridículo medo - de desejar o errado. Palavras perdidas junto as consciências que as pessoas preferem deixar por aí, sem guia, sem direção, com medo de se colocarem a arriscar e ouvir algo contrário do que gostariam. Será que nunca vai acabar a meta desta pessoa que "estabelece" o que é certo e o que é errado a fazer? Quem sabe assim, este medo enfim pare de assombrar a cabeça das pessoas. Há tanta frieza. Será que a dor de ver teus sonhos perdidos no esquecimento por motivos bobos não os machuca? Será que não lemos as regras do jogo que a vida nos propõe a jogar? Não damos importância as regras ou talvez eu sou a jogadora mais errada?Eu sei quão grande é a dor ao ver que enquanto gritas em desespero por algo qualquer, pessoas não conseguem enxergar além delas próprias e do que as envolvem. Usam tampões nos ouvidos. E quando encontramos alguém, perdemos em poucos segundos, sem haver nada que possa ser feito para evitar tal dor, de novo. Eu, desisto de jogar. Sou uma jogadora fraca a tanta frieza!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Foi como ácido.

O avião se transformou Coca-Cola com baunilha.
Meia-comédia, meio sem jeito. Um frio que virava calor quando batia no peito.
"Deixe de lado os olhares estranhos. Aceite seus erros, acertos e esqueça seus planos. Para tudo! Para tudo!", repetia.
Não parava de repetir.
Eu deixei tudo de pupilas dilatadas, e afinal, nunca é hora errada, não existe hora certa.
Não tem "não", não tem regra do "porque".
Eu resolvi parar.
"Vai dormir sabendo", uma única vez. Sem repetir.
Droga.
A Sardenta de sempre
Eu no meu quarto, ouvindo a TV na sala, frio, muito frio.Pensamentos divididos, cabeça confusa.Meu coração? Já deixei de escutar!Eu não sei bem ao certo o que é tomar uma atitude.Eu tentei tomar uma atitude.Tomei atitude e tomei no cu, depois.Se tivesse evitado não teria tomado nada.Esse negócio de tomar não é a minha.Acho até que prefiro ser a Sardenta de sempre.A guria que não toma atitude, a guria que espera as coisas acontecerem.As coisas nunca acontecem, mas eu espero.Pelo menos não teria perdido a esperança.Eu bem que queria ter me conformado com isso.Mas eu não sou de me conformar com nada nessa vida.Eu já não sei nem o que escrevo aqui.Não sei o que dizer, pensar.E minha sempre foi um "não sei".Eu sei que isso está muito confuso.Mas algum dia eu vou conseguir me entender.E um dia vou aprender a esperar menos das pessoas.
Aprendendo com você.
Lá estávamos eu e ele, sentados em um campo olhando um para o outro, ás vezes trocávamos caricias, mais nada além afinal o medo corria por dentro de mim, mas sendo que a verdade é que eu queria beijar aqueles seus lábios frios e com aquele hálito incrivelmente estonteante. Eu olhava seu rosto fascinada com tamanha beleza, apreciava aqueles olhos que brilhavam ao se encontrar com os meus. Naquele momento, o tempo parou em nossa volta, e tudo que eu podia pensar em fazer era ficar ali pela eternidade sentada com ele, conversando ou apenas trocando olhares. Olhares que diziam o tamanho de nossa paixão, afinal para nós, não era necessário palavras para expressar tal sentimento. De tanto apreciá-lo esqueci novamente de respirar, então acabei ficando meio tonta e tudo que pude sentir foi sua mão gelada pousando sobre a minha e sua voz que mais parecia uma melodia me dizendo:- Bella, você está pálida, tudo bem?- Sabe acho que não seria necessário você me morder para me matar. Afinal sua beleza já é perigosa o suficiente para mim. – disse procurando recuperar o fôlego. – Com você Edward, eu tenho que aprender a respirar cada vez que te vejo.- E cada vez que eu te vejo, eu tenho que aprender a ser humano e me comportar com um cheiro tão delicioso como o seu. – disse ele com o meu sorriso torto predileto pendurado no rosto e logo em seguida indo em direção ao meu pescoço cheirá-lo e logo em seguida pude sentir seus lábios gelados beijando meu pescoço.
Tarde de outono onde tudo começou quando olhei aqueles olhos e depois eu imaginei que jamais o viria de novo Eu era uma má garota que estava apenas procurando algo que a projetasse Mais aquele coração duro virou água Ela quase morreu de fome de tantas lágrimas que perdeu eu queria fugir pra longe onde ele jamais me acharia de novomais tudo que queria na verdade era abraça-lo aos prantos Mais esse dia nunca chegouPois logo após uma viagem ele morreu no rio que dobrava a mente Uma coisa pela qual ela nunca entendeu Apenas sentia a falta dele como jamais sentira A dor no seu peito parecia gritar tentando se virar em esperança Mais era impossível pois aquele coração havia virado pedra novamenteSe tornando uma perdedora que todos os dias chorava ao sentar embaixo de uma pequena árvore Chorava todos os dias e todas as noitesOlhava pra aquele caminho pelo qual ela o viu partir pela primeira e última vez em sua vidaSabia que ele jamais iria retornarMais aquela esperança dentro daquele duro coração não a deixou desistirNem hesitar que o amor dela teria ido pra um lugar onde jamais ela tocaria nele novamente Pelo menos não por algumas décadas até encontrar ele na escada para o paraíso ... pegava seu velho violão e sentava num pequeno chão batidoTocava alguns acordes pra aquele amor perdido pro mundo ela se lembrava daqueles olhos límpidos ,com um sorriso solto meio maroto escorrendo pelos lábios a dentro ,com um rosto misterioso e perdido em meio a multidão pela qual ela teria o visto pela primeira vez olhara o céu a enorme espera pelo que de fato pertencia a ela a décadas nuvens fazem daquele falso sorriso um belo posto pelo qual ela terá que ter frescor pra suportar a dor que passa dentro de suas veias até a volta daquele grande homem que teria mudado sua vida ao desaparecer calçava suas botas e saia a correr pelo campo ao lado da estrada procurando berrando em cada centímetro de terra
Sentia as batidas do seu coração pulsar a cada vez que ouvia aquela doce voz perdida pelo vento que corria seus ouvidos agora estava tão claro pra ela como um céu num dia de maio .. era tão completo e aquilo acabava com ela Todo aquele silêncio fazia ela a cada perder tudo que tinha sonhado até então seu coração era como um pedaço de carne todos queriam mais quem tinha apenas teria desaparecido a deixando solitária apenas com suas lágrimas escritas naquele mundo cruel ,cheio de tolos ,inocentes passaram tantas semanas ,tantos anos mais seu amor estava intacto .. então ela passou esse amor pra todas as pessoas a sua volta de aqui em diante valia o sorriso das pessoas do que dela mesma .. tantas coisas tantos pensamentos perdidos por um simples ser que a arrastou pro precipício a fazendo se jogar sem ao menos pensar de braços abertos ela escorre feito sangue pelo arsuas lágrimas viraram vertentes pra corvos e lobos que passavam pelo lugarservindo de comida apenas o corpo sua alma estava livre pra procura seu amado dentre pessoas sem sentidos então ela morre feliz ... despencando do mais alto desesperoacabando com seu sofrimento e sua fúria assim foi a história de Emile Doncks uma garota de 18 anos que morava no sul dos estados unidos morrera de tanto conflito consigo mesma ao perder um forasteiro hippie chamado Jale Fox almas se apagam e outras nascem em seu lugar
Eu odeio avião.

Ódio esse dividído em mesma proporção com o ódio de despedidas.
Eu tinha que me despedir e deixar voar, quando na verdade eu queria estar dentro daquele avião - e sem passagem de volta.
Eu não me despedi, nem entrei naquele vôo.
Quem sabe não seja o momento da despedida;Quem sabe não seja o momento de voar.
Para, pensa, respira. Fala com os amigos e com a família.Para, deita, se atira. Fala para os outros que já sabe com quem ir.
Sai da capa do jornal, sai da tela da tv.
Pega o violão.
Minha vida, arte moderna.
Quem sabe minhas pernas como arte conceitual. Borboletas ou mariposas.
Talvez nem sejam minhas pernas. É a razão me mandando caminhar.
Pode ser que o coração me faça correr de volta.
Eu que achava saber de tudo, já não sei nada.
Minhas pernas que já tinham andado o bastante, ainda não cruzaram metade do caminho.
Segure as duas asas - uma só pode quebrar -, leve para a janela e deixe voar.
Vou deixar as pernas me levarem.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Me deixe desistir..
Eu estava naquele lugar, meus olhos estavam inchados e eu sabia que meus musculos não aguentariam mais algum golpe, eu estava em ritimo lento, devagar, eu não poderia voltar para aquilo.Ele me disse que eu podia, que eu devia, que eu conseguia, que nada me impediria de ganhar, e que aquele machucado no meu nariz não me impediria tambem, mas se eu estou bem porque está me dando isso? Me dizNão aguento, eu juro pela minha vida, se eu voltar lá eu morro, olhe para sí mesmo, e olhe o que as lutas fizeram com você, não quero terminar assim, me deixe desistir, por favor- Não você não vai desistir, porque isso é sua vida agora, e você vai sim, lutar e vencer, nem que isso custe sua vida! - o meu empresario gritou.Eu estava sem forças para retrucar, o amor da minha vida me abandonou porque eu escolhi a luta em um dia e não a ela, ha como eu quero me redimir disso, pedir perdão, mas eu sei que não há mais volta.É, não há mais motivos pra mim ficar aqui, eu vou embora nesse momento, vou usar minha ultima força, e ver se venco e perco minha vida, seja o que Deus quiser.Naquele dia, eu vi ela entrar por aquela porta chorando, acho que ela quer voltar, criei forças, lutei, venci, e no final, peguei meu premio e fugi, fugi daquele empresario ridiculo.Quem diria em? Hoje estou aqui, contando para o meu neto, a historia de amor, de um grande ex-lutador.
cabeça, nights e coração..
Esquecer na cabeça é fácil.. Só conhecer um novo alguém, fazer uma nova história sem pensar muito no começo, tentar se divertir no meio e não se preocupar com o fim, em meio a sorrisos forçados, fazer de tudo para pensar em vários enquanto permanece no coração um único, não querer acreditar, mas aceitar o fato que acabou, de que tudo o que foi construído estava prestes a ser destruído bem de baixo dos meus olhos, onde palavras que no começo quase não tinham nexo, fez de um fim onde nunca me vi tão perdida a esquecer do meu próprio endereço. Depois de tanta luta, finalmente te tirei do lugar que fostes aprisionado com a pior sentença que Deus tivera feito existir nesse mundo, o crime do amor. Onde pecamos todos os dias por essa palavra, logo ela, que enquanto uns querem distância, uns fazem de tudo para poder experimenta-la, como uma droga perto de quem não sabe usar, acaba se machucando, se viciando, podendo ter a chance de ser aprisionado por ela para o resto da vida, onde consequências e lições são conquistadas por quem consegue ter o bom senso de tal.Enfim, te tirei da cabeça, mas e aí, e agora? Como isso aconteceu? Noites e noites a sair, conhecer gente nova, se divertir, beber, beijar, curtir, simplesmente ESQUECER.. mas é só isso? Quer dizer que quanto mais eu saio mais te esqueço? Mais distante meu pensamento te leva? Mas e quando essa aventura acaba? E quando cruzo contigo na rua? Quando vejo nossas fotos, conversas, músicas.. o que acontece? O carinho volta, a saudade aumenta mais do que nunca, os olhos que raramente brilhavam voltam a brilhar, mas somente com a tristeza, de não poder te ter novamente ao meu lado, sem ter teu abraço apertado e delicado, e teu beijo suave e doce, que só você sabia dar, só você sabia provocar, só você sabia me deixar como nenhum outro me deixou. Mas por que isso?
Acho que sei o por que! Você saiu da cabeça mas nunca saiu do meu CORAÇÃO, onde entrastes sem bater na porta, entrastes a partir do momento que bati o olhar em ti, a cada sorriso teu fazia eu me apaixonar ainda mais, cada palavra que saia da tua boca me fazia querer te provar ainda mais que te amava, queria poder gritar teu nome sem medo de que alguém ouvisse e acabasse nos separando por pura inveja. Como tentaram nos envenenar, como tentaram fazer com que um amor desse fosse acabar, pena que conseguiram. Mas sabe de uma coisa? Se tem algo que eu aprendi com tudo isso, foi lutar pelos meus ideais, e essa foi a primeira coisa que eu aprendi contigo, LUTAR, pelos objetivos que fazia meu coração bater só de falar. E sabe qual foi o maior deles? Poder dizer um eu te amo novamente, e eu garanto, que um dia vou poder te dizer isso olhando nos olhos, e tolo é quem pensa, que cérebro não sente o que o coração não pensa!
Eu acho que já tracei, não só na minha cabeça mas nos inúmeros papéis que agora cabem somente ao lixo, todos os traços e rabiscos imagináveis que nos envolvia. Todas as palavras e os atos mais desejáveis que poderiam nos envolver.Um dia, cheguei a conhecer o sentimento mais intenso, o carinho mais prazeroso, o amor mais vicioso, cheguei a conhecer você. Você e aquele sentimento que recebia todas as vezes em que nos abraçávamos, e em um piscar de olhos, nos tornávamos um só em poucos segundos.Nesse mesmo dia, conheci um sentimento mais do que doloroso, mais do que angustiante, aterrorizante, vingativo, enclausurativo, conheci a ida. A sua ida para longe de mim.Convivendo com estes repentinos sentimentos, acabei por me tornar uma viciada. Aquela que necessitava sentir o enorme prazer de estar contigo, nem que fosse por dois segundos. Aquela que necessitava sentir a saudade do que em pouquíssimo tempo, voltaria.Caminhávamos nesse vai e vem sobre uma mão, que tinha o poder sobre nós. Muitas idas, muitas vindas. Acabou por se tornar quão grande que a mão resolveu fechar-se. Fiquei enclausurada em um buraco, e você, em outro lugar distante.Talvez, já não faça mais sentido pra você, mas todo o sentimento de dor e angústia daquelas tuas pequenas idas, hoje é muito maior, sabendo que não podes voltar. Um dia, talvez, a mão há de abrir. Quem sabe, todas as memórias e esse sentimento que me corrói explosivamente ainda tenha um lugar para morar. É como habitar em um lugar escuro e ver tudo que sempre planejou, criou, desejou e sonhou ao claro, sem ao menos poder tocar.Quem sabe um dia, tudo nao possa fazer sentido novamente para você.

Lá fora.


Lá fora, venta e é frio. Consegui entrar.Depois de muito tempo lutando para sair deste imenso frio, aqui dentro, me faz esquecer do que ocorre a fora.A mais alta música não é capaz de estancar o som da tua voz que soa intensamente. A proximidade da tua boca resultada em um beijo que, mesmo com a porta aberta, contém qualquer frio, onde eu habitei por grande tempo;O cheiro do teu corpo, das tuas roupas e do teu cabelo insiste em impregnar por qualquer canto possível então, as paredes reluzem o teu reflexo.Olho-me no espelho e te vejo ali atrás, então me viro e já se foi. Surpreendida, o frio começa a entrar pelos vãos da janela e de repente, começo a me acostumar de novo com aquele frio que me fez companhia por durante muito tempo, quando teus braços entrelaçam aos meus e não há mais por onde entrar o frio.Olho ao lado da cama e sinto teu perfume, estás ali. Volto então a dormir.

É.
Sempre pensei saber muita coisa sobre os sentimentos. Pensei ter vivido muitos deles, “ensaiei” falas e como agiria ao te ver novamente. Esperei, escrevi, criei tantas coisas, ansiosamente que acabei por me perder. Sempre pensei escrever algo sobre um enorme sentimento o qual já senti muitas vezes, mas o que eu nunca ensaiei, o que nunca me passou pela cabeça, aconteceu.Hoje me vejo indo rumo aos teus braços e não faço à mínima do que vai acontecer, o que será dito e que horas vou chegar. Mesmo assim, meus pés parecem correr em sua direção. Um brinde a essa noite que não terá um prévio fim.
Assim que se conhece por gente, se tem sonhos. Sonhos de um dia ter seus olhos para iluminar o lugar escuto de onde venho. Tua proximidade que gera esse intenso calor pelo qual meu coração, gelado ao frio, grita.Dançar ao escuro como se a única coisa que existisse era você, eu e nossos braços entrelaçados aos sons dos nossos passos. Passos que sonhavam trilhar um caminho longo, cheio de vontade de sanar essa saudade que parecia nos corroer. Posso colocar a cabeça em teu peito e ouvir as aceleradas palpitações do teu coração que não chegam a um décimo do que bate o meu, enquanto me acolhes em teus braços. Você realmente sabe de tudo. Algo faltava, e você o completou dizendo sob meu ouvido, algo que só eu saberei. Percebemos então que sonhamos demais, retratamos especificadamente algo sobre o que não sabemos realmente, pois coragem para fugir ainda nos falta e vivemos apenas ao escurecer.A luz acende e agora temos que nos contemplar com a saudade e a lembrança. Algo está diferente, podes ver? Posso me ver em teus braços no claro, e o que parecia mordidamente repetitivo, torna-se um vício caloroso.Tudo que sonhava na escuridão ao adormecer, eu posso enxergar e viver nitidamente no claro. Agora corre, e não largue nunca mais!
Quando me deparo com a sua ida, algo me corrói por dentro de tão grande tamanho que seria quase destrutivo.A certeza de saber que tudo volta, ameniza toda essa confusão que agora insiste em lutar por dentro de mim. Não posso ver teus passos de ida a um lugar longe de mim que todas essas brigas por dentro começam a surgir. E se não voltar? Quando estarás lá?Se te corróis, e tu gostas, é sinal de que volta.
Há duas partes que andam vagarosamente aos tropeços por aí.

Algumas demoram ao se colidir, outras então se colidem de partes erradas que às vezes parecem se encaixar, mas falta um pequeno pedaço e assim desmoronam. Algumas, fadadas de sorte, conseguem se encaixar com a parte alheia e essa, fica só, procurando algo raro que venha a se encaixar consigo. Tem peças que ficam sem encaixe e apodrecem aos tropeços de outras, estabanadas que correm em desespero por aí. Quando tu pensas estar prestes a ser pisoteada por esta parte estabanada que corre, medonhamente encontra nela o seu encaixe. Algumas vezes ela já está longe, porém te faz correr em uma velocidade a qual nunca esperava ser capaz de alcançá-la. Colide-se com outras, parecendo ter um encaixe perfeito contigo, mas a colá-la em teu peito, lhe causa uma dor extrema que lhe faz ir embora. Perdendo as esperanças, a força e a vontade, olha ao lado e lembra daquela estabanada parte que te fez correr e tropeçar muitas das vezes. Quando vês, já está presa sobre ela e quando se vai, só faz aumentar a vontade de se compactar novamente.Muitas partes querem roubar as nossas, e é por isso que chega a sombrosa competição. Só há UMA parte certa que está para trombar com a nossa e fazer da dor constante, algo belo e necessário.Quando acha-la, corra, sem medo nenhum de tropeçar e continuar, mesmo que esbanje sangue... não a perca, pois outra parte que vivenciou sua futura escuridão pode se moldar até encaixar-se com a sua.
Algumas piores coisas, aos meus olhos, são belas.

Todas as lágrimas que já derramei, foi por só um propósito: Tu.Todas as gargalhadas, talvez até por coisas que não tivessem um pingo de graça, foi por um unico sentido: Tu.Talvez todas as vezes que sofria calada onde somente as paredes do meu quarto, brancas e pálidas foram testemundas de quão grande sofrimento, teve só um porque: Tu!Todas as minhas vontades e desejos seguidos, todas as coisas que consegui conquistar, só uma pessoa me fez crer e me mostrou que tudo seria capaz de acontecer: Tu.Talvez todos os papéis amassados que estão, agora, no lixo, tem três unicas palavras - eu te amo - que nunca resumiriam realmente o sentimento para quem foi escrito: Tu.Todas as vezes em que lágrimas de saudade, angústia ou vontade escorreram do meu rosto enquanto me enclausurava as minhas sólidas paredes brancas do quarto que pareciam me engolir de tão mórbidas, que por si só desenham uma unica face: a sua.Talvez, nenhuma palavra que foi escrita em um belo livro, por alguém bem sábio, não chegaria a expressar nem metade do que sinto. Talvez não, com toda certeza.E não me importa se são lágrimas frias, dor; Estás comigo? É a única coisa que meu coração vem a questionar a cada batimento.Pode parecer que eu to reclamando, mas eu? Vejo beleza em TUDO isso.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Nostalgia
Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito tudo de diferente. Tem gente que fala que não se arrepende do passado. Dane-se. Eu me arrependo e teria feio diferente mesmo. Teria dito pra você o que eu sentia quando você me abraçava, quando eu sentia seus toques, quando você me fazia ser mais feliz. Teria feito ficar aqui comigo e não ter ido embora, me deixando sozinha. Não teria medo de mostrar tudo que eu estava sentindo. De mostrar isso pras pessoas. De te mostrar, principalmente. Teria retribuído tudo que fez por mim. Mas eu acabei me perdendo. Acabei com tudo. Fui idiota. Sei que agora, mesmo se você voltasse pra mim, nada seria como antes. Talvez faltasse forças, não sei. Mas eu sei que nunca tinha sentido nada parecido. Causa de infantilidades. Mas se um dia tivesse você de volta, teria coragem de, sem medo...ser eu de verdade.
Capítulo I
- Peguem-na! - Gritou o único soltado que vestia capa vermelha.A garota corria pela escura floresta de Sheniokah, sendo seguida por uma dúzia de soldados. Ela corria na velocidade máxima que seu corpo aguentava, carregava uma pequena bolsa de couro e uma pedra em uma das mãos. Então, por um passo em falso, veio ao chão, cambalhotando sobre as raízes das árvores que fechavam a floresta. Os soldados mais que imediatamente cercaram-na e apontaram-lhe suas espadas, mantendo uma pequena distância da jovem. O soldado de capa vermelha chegou logo em seguida, descendo de seu knoplasto e se aproximando da garota.- Esta fuga é inútil, senhorita.A garota sentiu uma pontada no tornozelo e olhou rapidamente o local e viu que sangrava. Estava cansada, ferida e encurralada.O soldado de capa vermelha notou a face amedrontada da garota e percebeu que sangrava. Passou por dois de seus soldados que vestiam capa azul e se aproximava lentamente da garota.- Estás ferida. Como achas que vais sobreviver assim? - Sorriu maliciosamente e continuou: - Deixe-me lhe ajudar. Conseguirei uma cela quentinha para você e me encarregarei pessoalmente de arrancar cada pedacinho do seu corpo. O homem ria alto, desencadeando um mar de risadas de seus homens.- Ordeno que pare, senhor. - Ela gritou, olhando para alguns dos soldados e finalmente encarando o soldado de capa vermelha.- Me ordena? Me diga, em nome de quem você me ordena? - O soldado principal ria muito e parou, olhando para seus soldados que também riam muito.A menina colocou a mão dentro da bolsinha de couro e tirou uma pedra um pouco maior do que a que já carregava nas mãos.- Em nome de Aluander. - Levantou as duas pedras, já prontas para o encaixe.O soldado de capa vermelha parecia assustado e recuou alguns passos.- Dê-me isto, menina. - Estendeu a mão, mas não avançou de onde estava.- Isto não pertence ao seu povo, senhor. Deixe-me em paz.O homem olhou furioso para seus soldados: - Peguem a menina, idiotas!

Os soldados de capa azul de imediato foram em direção à menina, que fechou os olhos e pronunciou algumas palavras que ninguém que estava presente conseguiu ouvir. E uniu as pedras, encaixando-as. A junção das pedras gerou uma luz tão forte que os soldados se jogaram no chão, tampando os olhos como podiam.
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São apenas começos de histórias que parecem completas em minha cabeça. Como esse, tenho vários começos já bolados. Não o continuei, já tentei, mas nada que encaixe bem.
Perspectiva.
Cada vez mais dependente de cafés, cigarros, qualquer coisa pra fazer esquecer todas as vezes que se desequilibrava no meio fio pra dar de prato cheio motivo de risadas pras pessoas do outro lado de sua direção. Você diz que cansou de confiar, de se machucar e não sabe se será feliz por completo. As pessoas a sua volta não tem nada parecido contigo e vivem de mentira, e que você não suportaria tentar pela milésima vez. De que adianta se fechar pro mundo e se privar de poder conhecer pessoas que podem pensar igual a você, nada que realmente vale a pena fica por aí jogado no chão, e até mesmo o que vale a pena pode se desgastar, e se perder. Abra os olhos pra viver o que você nunca pensou viver, escolha outra direção, se esse teu caminho não te faz feliz : procure, busque, arrisque, mas não viva preso com internet e televisão, eles não transmitem sentimentos e se você buscar isso em telas frias, pode acabar frio também. Por outro lado, existem pessoas que buscam sentimentos por trás de telas, de forma fiel. Tudo depende da espera. E ela existe, não deixe de acreditar no que você é, mas não deixe o traço da sua vida ser guiado por outra pessoa ou por motivo duvidoso, nem sempre eles vão seguir a perspectiva que você planejava.
Bipolaridade
"Hoje nós queremos emagrecer, e comer creme bruléé; reclamamos do calor e da chuva; da bolsa Armani e do sapatos Zara.Desde ontem, há quem não tem o quê comer, e necessita de ganhar peso, quem morre de frio e precisa de chuva para sobreviver, quem ao menos pés tem para desfilar com um par de chinelos feito de garrafas pet."
Alfaiate de perdas.
Sua presença era o preço dos meus sorrisos, eles raiavam com o sol ao som daquele toque. E o dia ia ser mais claro, eu sabia disso ao abrir as janelas, brancas. Meus olhos sorriam ao ver aquilo, castos de um sonho remoto, tão distante quanto nossas mãos que prometiam um dia se tocarem. Eu posso fazer música de suas palavras e melodia dos meus sorrisos, ouça a canção que fiz pra você.Sua ausência é o preço de minhas lágrimas, duas ou três que rolam sobre meu vestido. Nada mais. Parece que vou tirando você de mim em pedaços. E como se não bastasse tê-lo que dividir com a distância, agora tenho que dividir com a saudade. E se sustenta um amor de pedaços. Nesse mosaico eu sambo a alegria de amar o preço do meu desperdício.
Até o final.
Todas as lembranças que você guarda são tristes. Em quantas delas você se enxerga sorrindo? Tudo se mexe rápido demais, ao mesmo tempo, em sua volta. Você já não consegue o que está acontecendo. Não percebe o passar dos segundos? Dos minutos? Das horas? Dos dias? Eles se arrastam até chegar na faixa vermelha do arco-íris inexistente. Quem poderá te salvar agora? Você está completamente sozinha, e sabe disso. Sabia desde o começo. Deixe se levar por seus medos mais obscuros. Lute! Lutar? Não há mais forças. Não há mais esperanças. Apenas um coração partido. Sentirei sua falta até o final. Como ela ama o próprio sofrimento.
Tão jovem, mas pouco esperançoso.

De principio, tudo apenas se refletia em diversão. Agora, sua maior dor. E então se perguntava: por que tentava sempre fugir? Porque não conseguia mais encarar os fatos? Sabia da resposta, mas preferia fingir que nada era sua culpa. Ele não era a mesma pessoa. As brigas familiares tornaram-se constantes. E não mais só ele sofria; conseguiu arrastar todos seus próximos também para este breu. Amigos já não tinha mais. Nada lhe restara, nem mesmo sua dignidade. Tão pouco sua vida. O que podia fazer? Agora que tinha consciência de que fora mais uma dentre milhões de vidas arruinadas, só queria deitar fechar os olhos e rever todo este filme. O filme de sua vida. Só queria voltar no tempo e tentar reverter esta situação. Só queria ter uma única chance de arrepender-se. Uma lágrima quente escorreu de seus olhos fechados, talvez fosse a ultima. Se antes se denominava um homem, hoje nada mais é que uma criança desamparada. Que não teve noção de seus erros sóbrios, e que hoje os paga com sua vida. Uma criança que se deixou levar por menos de um minuto e que depois da primeira, desejou muitas. Ele não pensou no mal que tornaria, no problema que atormentaria quem o ama. Apenas... Deu seu primeiro gole. Sentiu o despertar. Um desejo súbito. O cansaço severo de seu olhar. Deitou-se, e por fim... Fechou os olhos. "Ótima sensação" pensou. Havia esquecido que era ótima sim, mas momentânea. Abriu os olhos, sentiu que seu corpo já não trabalhava mais sozinho. Estava rodeado de máquinas. Deitado sobre uma maca revestida de branco. De um lado, médicos discutindo sobre seu frágil estado. De outro, amigos e familiares rogando pela continuação de sua vida. Era um UTI, agora havia se lembrado!Coma alcoólico fora o motivo. Desejava sair, levantar-se e desculpar-se. Tarde demais. Sentia que era seu último momento. Não pensava que tudo fosse acabar assim... Tão cedo. A bebida lhe tirara a consciência, o amor, e a vida. Sua alteração de estado físico e mental em distúrbio por causa do álcool.

Sua diversão não durou tanto tempo. Seu coração parou de desgosto. Tentava ser ele, mas a bebida era sua nova identidade. Era um vício afinal. E então como últimos pensamentos, pediu pra que Deus levasse seu corpo, mas que deixasse sua alma para guiar jovens, instruindo-os com o objetivo de não entrarem no mesmo caminho. Para que tenham uma juventude plena, e acima de tudo, caráter para saber negar o primeiro gole.
Sim.

Tudo simplesmente se encaixava como peças de um quebra-cabeça. O mundo de repente parou de girar, e só o que importava era aquele momento. Você me mostrou o que eu precisava ver, nada mais era sofrimento ou angústia. Eu só queria ficar em seus braços para sempre, não precisava nem mais respirar, contanto que você estivesse ali me envolvendo ternamente. Era com certeza mais do que eu tinha esperado. Ou melhor, era a concretização de um sonho, que eu já tinha esperado. Porque eu acreditava que um dia eu iria te encontrar, e isso bastava no momento. Agora não. Agora eu realmente sabia a sensação e nem precisava prolongá-la, como fazia outras vezes. Era cada coisa em seu tempo, e agora eu tive a certeza que esolhi bem o tempo. Ele me beijou carinhosamente e depois afagou meu rosto.- O amor existe. - Murmurou ele.- Sim. - Completei.
O amor existe sim.
Lembre-se de mim.

Talvez nada fizesse sentido. Talvez eu não devesse me sentir anestesiada com esse pensamento. Talvez o amor esteja unido a indiferença, e vice-versa. Quem sabe o fato de eu ainda estar respirando esteja ligado ao fato de tu respirar. Posso estar maluca, mas essa tal ligação, entre a gente, existe, e, um dia, tanto eu como você poderemos ter uma certa confirmação disso. Estou lhe enviando esta carta para dizer o significado que tu tens para mim. Fico atônita só de ver seu sorriso no brilhar da lua. O som da sua risada é capaz de ser o melhor som do mundo. Sua pele, seu cabelo, seus olhos, tudo em você me atraí, e, mesmo que isso doa o quanto for, gostaria que isso fosse meio que reciproco. Gostaria que tu se lembrasse de mim não só nos momentos felizes, mas também nos tristes, amargurantes e escuros. Agora você não deve entender isso, já que consegue tudo o que quer, tem quem quer, na hora que quer, mas, um dia, todos irão te deixar para trás, e tu vais lembrar de mim, irá se lembrar de quando eu lhe dizia que estaria aqui para sempre. Porque é assim que você sempre faz, lembra de mim apenas quando ninguém mais vai te apoiar e te ouvir, sempre vou ser seu plano C. Nunca o primeiro, nem o segundo, mas, quem sabe, o terceiro. Nunca serei sua namorada, nem melhor amiga, sempre serei apenas uma amiga sem importância que você pode usar e jogar fora sempre que quer, afinal, sempre estarei lá, de braços abertos e te esperando. E, como no velho ditado, a gente não manda no coração. Mas se eu pudesse mandar em um coração, mandaria no seu, para que você me amasse e se lembrasse de mim a cada segundo, minuto e hora da sua vida. Simplesmenta porque mereço estar em um lugar especial no seu coração.
Everything I need.

Nunca achei que viria a falar que alguém, um único ser, era tudo o que eu queria. Nunca achei que viria a falar que alguém, um único ser, era tudo o que eu precisava para alcançar a plena felicidade. Nunca achei que viria a falar que alguém, um único ser, era tudo que eu desejava ter em minhas mãos. Eu havia prometido a mim mesma que não falaria isso. Que nunca iria pronunciar isso. Eu não achava certo - e não acho ainda - depender de um outro alguém para alcançar a plena felicidade. Pois as pessoas tem passes de ida e volta em nossas vidas, como tu me disse algum dia. As pessoas vem e vão embora de nossas vidas, muitas vezes sem um aviso prévio. E assim eu me sinto uma inútil. Uma inútil por depender tanto de ti, e tu poder ir e voltar a hora que quiser. Pois agora, agora eu tenho que ser fiel as minhas próprias palavras. Eu não posso contradizer o que um dia te prometi. Eu farei juiz as minhas palavras, sim. Te darei liberdade, e comigo continuarei. Eu continuarei nessa estrada sem fim, onde tu estará ao meu lado - ou não -. Eu lhe disse que eu precisava de ti, e eu preciso. Eu lhe pedi que ficasse ao meu lado, e você esteve. Agora lhe liberto. Liberto-te para teus bens não duráveis e paixões inacabaveis. Mas peço que você volte. Volte a toda noite escura em que eu me sentirei sozinha. Volte a toda noite em que precisar de mim. Eu estarei aqui. Pois liberdade, eu lhe darei.. Mas contigo, levarás meu coração. Eu te amo.
O que te faz pensar que eu não posso mudar?

Eu não gosto de parar pra pensar. Sempre tenho que ocupar a mente com alguma coisa. Mas, não. Essa madrugada foi diferente. Eu ainda não peguei no sono e só resolvi parar de olhar pro teto agora. Estou desde às três e meia da manhã pensando em como a minha vida tem sido, o rumo que ela tem levado. E eu não gosto disso. Não vivo, mais. Não tenho nenhum propósito para me fazer levantar da cama, nenhuma direção pra seguir depois que eu consigo finalmente me levantar. E aquela voz em minha cabeça parece que não vai se calar. Ela não me deixa mais ver e ouvir quem realmente sou. Ou talvez, agora, eu consiga ver quem realmente sou. Eu não gosto de ser quem eu me tornei. Não gosto mais de ouvir as mesmas pessoas. Não gosto mais de parecer insensível. Meu coração está ao meio. Estou tão confusa. Tão confusa. Mas, o que, afinal, me faz pensar que eu posso mudar? Eu não posso. Eu vou ter que conviver comigo pelo resto dos meus dias. Vou ter que conviver com o medo do que é ser eu. Mesmo se eu tentar me esconder no espaço mais profundo de mim. Eu ainda vou estar aqui dentro. E a voz em minha cabeça não vai cessar. Não até fazer com que eu exploda. Mas eu vou tentar continuar. Me esconder atrás de livros e litros de café. Mostrando só pra mim mesma quem eu realmente sou. Criando traços de uma personalidade diferente, para que as pessoas não fujam de mim, enfim.
Corpo a corpo.

Era noite de inverno , era muito mais que isso , era a noite que eu tocava os labios dele e acareciava sua pele como acareciava uma roupa de veludo recém lavada , era aqueles lábios macios que me deixavam com um frio na espinha e com um desejo de beija-lo ate aparecer o sol no orizonte , era um desejo inesplicável mais quando eu sentia aqueles lindos e macios labios me sentia no céu , me sentia igual anjos voando numa sensação de bem estar por poder estar flutuando sobre as nuvens. Então finalmente voltei a realidade e ainda estava tocando aqueles labios macios enquanto ele apertava minha cintura como apertasse um ursinho tao querido de sua infância, era uma mistura de prazeres e eu me sentia louca no meio daquilo tudo.
Reconstruindo.

É como juntar os pedaços, pegar uma agúlha, e, aos poucos, ir costurando tudo. Ponto por ponto. É claro que, essas agulhadas podem doer um pouco, mas vai funcionar como uma injeção de ânimo - talvez. Depende do ponto de vista. É como se, a cada situação cada momento difícil que se passou, fosse um impulsso pra que se chegasse até onde tu está. Bem no fundo, tu irá agradescer por tudo de ruim, pois essas experiências lhe deram sabedoria. No final, se terá um coração remendado, e não um novo. Mas se tratado com cuidado, ele voltará a bater, saldavelmente, sem nenhum arranhão. Porém, os furos feitos com as agúlhas, jamais cicatrizarão, pois eles são a prova de tudo que se viveu. E se, por caso, o coração de despedaçar de novo, basta pegar a agúlha, a linha e mãos à obra.
Para rir um pouco.

Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas. Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo. Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. "Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então eu sugeri a cozinha. Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras. Ela tem um liqüidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: "Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar". Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. Lembrem-se... O casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "Sra. Certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "Sempre".

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse "Poeira". No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso. Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa. Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei. "- Quando você terminar de cortar a grama," eu disse, "você pode também varrer a calçada." Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida". "O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido..."

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Quando acabar

Pensamos que o mundo também acaba junto, enganamo-nos. Ele continua girando! Nunca vamos poder parar, voltar no tempo, concertar tudo e tentar de nov. Ah, se pudéssemos, tudo seria tão mais fácil.Agora é acostumar com a saudade, com a solidão imposta pelo fim, e preparar um novo começo. Nada mais adiantam as palavras, nem o apego, nem os carinhos e o amor. Tudo acabou. Acabou?Sim, só deixar a ficha cair e deixar o tempo curar a ferida que agora está aberta e dói. Ainda nem existe remédio pra isso.Ah, se existisse, tudo seria tão mais fácil. E é uma lição que levamos conosco, e é uma lembrança que por um bom tempo ainda fica na cabeça e teima em não sair.E é um droga mesmo esses pensamentos teimosos. Mas por mais afeto que ainda guardamos no peito, deixamos o amor partir.Vai, segue teu rumo agora sem me ter ao lado. Cresça amor, só cresça. Cuidado com as barreiras que ainda vai encontrar na vida, e a mesma lembrança que guardo comigo, leve na sua bagagem de mão.Leve também, amor, a doce melodia que nossos corações exaltavam sempre. E fique com orgulho, acabou, mas aqui o sentimento ta vivo. Não, não mais minha imagem que fica na sua mente, e não existe um “rebobinador” de mentes criado. Ah, se existisse, seria tão mais fácil.Ah, se minhas palavras adiantassem de algo, seria tão.
O amor.

Sempre que ouço as fitas que ela me manda, me dá um aperto tremendo no coração. Minhas mãos soam frias. Minha nuca pinga. Minha palidez não disfarça meu desespero, e mais uma vez Elizabeth sabia que eu estava em dúvida. Ela sempre soube que as palavras me atingiam muito. E nunca deixei claro que realmente a amava. O que eu realmente quero dizer é que as músicas que Renata canta para mim, eu as guardo e lembro delas como se pudesse ouvi-las quando eu tiver vontade, não sai da minha cabeça.***- Amanhã vamos no casar, meu amor.- Robert, eu... Sabe, se não for isso que você realmente quer, eu acho melhor...- Elizabeth, casar-me-ei com você e feliz eu hei de ser porque é você que eu amo.- Mas, Robert, e se eu não puder corresponder a altura de Renata? E se eu não for tão boa quanto...- Elizabeth, não estamos jogando, não é um jogo de quem me conquista. Eu gosto de você, gosto de estar com você. As palavras dela me animam sim, me fazem parar para refletir, e só. Nenhum sentimento maior existe nisso.***Mas é claro que eu gosto de Renata, sua voz macia, doce. As letras das músicas que me canta. Foi apenas uma noite, aconteceu uma única vez. E, na verdade, nem era pra ter acontecido. Encontrei-a a na rua e trouxe-a para meu carro, o jogo dela me seduzir eu deveria saber com quem estava lidando. Mas eu não soube, caí em tentação. Sou homem, e, como tantos outros, infiéis. Não-capaz de aguentar alisamentos nas coxas, palavras sedutoras e um perfume gostoso.***Elizabeth e eu casamos, mas Renata nunca mais foi o que era comigo. Eu não pude deixar de sentir dor quando soube que Renata se prostituía para se sustentar. E eu era mais um dos seus "peguetes" afim de lucrar com uma transa. Transei porque havia gostado dela, do jeito de como falava comigo. Estou decidido de, se aparecer vestígios da única noite que tivemos juntos, eu a ponho contra parede e faço-a esquecer de tudo que houve.

Isso e apenas ficçao.
O amor.

Dia após nos casarmos, abracei-a e vi um vazio enorme entre a gente. Algo que não pude falar a ela porque até então era tudo o que eu mais queria. Estar com ela, ficar com ela, viver todos os dias ao lado dela. Ajudá-la sempre que ela precisasse. Gostar dela como ela sempre pedira. Afirmei a ela que iria fazer de tudo para poder saciar a sede de um amor digno entre duas pessoas que querem se amar.Robert? Fale algo.- Renata, não posso falar agora.- Robert, eu...- R-roberta, por favor!- Mas, Robert..- Elizabeth, vá se ajeitar, vamos comemorar nossa lua de mel.O Telefonema persistia.- Robert, eu tenho que te falar o quanto antes.- Renata, exigo-lhe que me deixe em paz.- Eu estou grávida.- O problema é seu, Renata. Deixe-me em paz com minha mulher.
O amor.

O que sinto hoje, amanhã pode não existir mais dentro de mim. O que tenho vontade de fazer hoje, amanhã pode ser apenas mais uma coisa nos meus afazeres. Portante, ligar-te-ei nesta noite, com a lua clareando meu corpo e o lugar no qual me encontro. Chamar-te-ei de princesa e fazer-te-ei sentir o prazer que sempre sonhastes sentir. Apenas esta noite.A minha namorada deve estar preocupada, tentando me ligar, tentando me encontrar. Ela deve estar me desejando ao seu lado, ficando quente e excitada quando pensa nas nossas noites juntos. E mais uma vez estou longe dela. Mas vi a mensagem que me deixou.A lua foi coberta por uma grande nuvem e, no escuro, agarrei o vulto que passou um pouco perto de mim e beijei-o fortemente, beijei-o como se estivesse necessitando de um beijo, e aquele foi o melhor beijo que recebi.Obrigado, meu amor.- Eu te amo demais, e sabia que virias.- Não precisa me dizer onde vas, meu coração segue o seu.- Eu sei... Eu sei.

Continuao a falar e ficçao...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Conto Póstumo

Corria desenfreadamente. Na verdade só conseguia pensar em como os morcegos podem guiar-se no meio de tantas árvores no escuro. Eu já não tinha mais fôlego, mas meu corpo já não mandava mais nas minhas pernas, e mesmo se pudesse, eu não pararia de correr. Aquele homem continuava atrás de mim, eu podia sentir...saber.
E foi aí que tropecei! Porque toda vez, em alguma hora a gente tropeça? Caí. Meu reflexo foi de levantar e correr mais depressa ainda, mas não consegui, e fiquei ali, estático. Ele se aproximava, eu sabia, mas não podia vê-lo. De vez em quando parecia ver o reflexo da luz da lua na sua lâmina, mas acho que era só impressão. O medo alimenta nossas mentes.
Agora sim. Podia ver seu vulto, mesmo no breu, parecia ser magro. Estava perto. O ar rarefeito eriçava meus cabelos, foi a pior sensação de minha vida. Logo eu, sempre tão fã de filmes de terror psicológico, atacado por um maníaco sem razão. Ou talvez tivesse algum motivo! Semana passada, lembro que discuti com um homem na fila do banco... só pode ser isso! Mas não há tempo pra respostas. Sua lâmina estava cada vez mais perto.
Era incrível como não se ouvia nada naquela floresta, ou talvez a pressão e o medo tapassem meus ouvidos, pois a única coisa que eu consegui escutar era o som da sua faca ceifando minhas roupas. Não podia imaginar, que depois de um dia normal e cansativo de trabalho no Merry’s, depois de sair da casa da minha namorada Polly, seria atacado por um maníaco! Parece estranho falar assim, pois eu estava indo me encontrar com outra garota, mas só conseguia pensar em Polly. O assassino parecia ser bem mais fraco e magro do que eu, mas naquele momento, pra mim isso era ser muito forte.Quando o primeiro trovão iluminou a floresta, pude ver que a mão que me apunhalava era feminina. E não consegui pensar em mais nada, apenas ofegar e desviar instintivamente dos golpes da faca. Isso até o trovão seguinte, que iluminou a cena e foi então que eu pude ver o rosto do meu assassino e entender. Mas já era tarde, Polly cravava uma faca em meu peito.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A menina e o sorriso.
Saltando entre poças e pedras, equilibrando-se como em uma dança, cortando o vento com seu nariz pontudo e arrebitado, a menina cantava uma das canções mais doces que alguém poderia ter escutado. O céu começou a se abrir e as nuvens caíram sobre seus cabelos longos, ruivos e encaracolados, os deixando inteiramente úmidos e escuros. Ela subia em troncos e experimentava cata gota brilhante que caía do céu, depois assobiava o gosto de cada uma delas, assobiava, pois suas palavras tão juntas e mal pronunciadas pareciam mais o vento tocando sinos, o som perfeito para uma cena de amor. A menina se enquadrava em qualquer conto de fadas que continham alegria. Sua mãe corria, pressurosa, pedindo por uma pausa. A doce flor do jardim não iria parar, ela iria cantar e dançar até que todo o campo florescesse. Inclusive a decrépita arvore que era sua mãe. Por um breve momento todas as luzes pareciam ter apagado, a menina tropeçara em uma das menores pedras do jardim. A mãe desesperada gritava em uni som com um belo rapaz, repetiam um nome que mais parecia de um cachorro. Mas a menina pareceu não se importar; Com o nome e com o tropeço. Levantou-se mais sorridente do que antes, mais sorridente do que nunca. Rodou o casal dançando como se a música do vento contornasse e influenciasse cada pequeno e frágil músculo de seu corpo. Seu vestido encharcado balançava pesadamente, às vezes puxando um pouco seu leve corpo para baixo. Os pais pareciam irritados, mas ao mesmo tempo mimados, primeiramente interferiram na dança sentimental, depois permitiram, quase que se juntando. A menina parou com um olhar gratificado e proferiu “Obrigada, obrigada”. Pelos dois pares de olhos percebeu-se que o casal estava confuso, e a menina repetiu “Apenas Obrigada, não sabem o quanto eu me fiz, eternamente feliz”. Confundindo a cabeça de todos ela isso repetia por todas as manhãs, com um sorriso resplandecente, mas é tão simples entender. Era apenas uma humana, que impunha toda sua felicidade na simples vontade de sorrir, no simples toque e gosto da água da chuva e na liberdade momentânea que sempre fora a sua quimera.
Cúpula de circo
A perda de objetos, pessoas, alimentos ou simplesmente lábios. Não era fácil sentar em um banco e simplesmente fingir que não havia nada com que se preocupar, mas parecia limpo. Ninguém vê, ninguém ouve, ninguém se importa. Não passa de uma influencia estética aos pés de galhos secos, só um pouco diferente. Sua cúpula lembrava fast-food's, aberta 24hrs por dia, todos entram e saem com passos leves e gananciosos. A culpa não é de ninguém, quase de ninguém. Era um observar de longe para facilmente perceber o quanto era fraca, leve e bonita. Ainda que seus olhos estivessem úmidos, ainda que suas mãos tremessem em volta de seus joelhos, ainda que nada despertasse os pensamentos de seu inferno particular, era bonita. Não houve mudança de humor, as gotas geladas atingiram suas roupas e molharam seus lindos e macios cachos, misturadas inteiramente com toda dor e sofrimento, disfarçados em lágrimas. Alguns dias mais, ela já não estava lá, pela primeira vez ela não estava lá. "Deve ter enlouquecido, morrido ou até superado". Algumas pessoas não lidam bem com a morte, ou talvez não seja a morte que a esteja incomodando. Resolveu fechar sua cúpula, Perfeição egoísta. Não foi fácil se acostumarem, era tão bom, tão relaxante e tão excitante que foram capazes de criar rachaduras nas tentativas de se incluírem em todos os seus pensamentos, Garota, Imã, Boneco. Mas ela tinha vida, tinha sentimentos e um resto de força muscular para sorrir. E o desejo insano, de todos, foi capaz de acabar com sua particularidade, vida e esperança. Menina não culpe os outros, Foi você quem os acostumou, assim, tão incluídos
Duvidas estranhas
Eu nasci, cresci e criei consciência. Tenho de ser uma boa pessoa e não passar por cima de todos a fim de subir na vida, agora me diz uma coisa, pra que cargas d'água eu existo? e porque eu penso? Porque eu sinto? Porque o mundo existe? Porque Deus criou algo para amar? Qual o fundamento disso tudo? Somos experiências? Eu não entendo nada disso, não entendo nem porque devemos idolatrar Jesus, ele morreu na cruz por todos nós, não imagino que ele tenha feito isso pra ser lembrado para sempre e para mais de 500.000 milhões de pessoas ficarem pedindo sua ajuda. Dês de quando, ao morrer você livra alguém de todos os erros que cometeu. Não sei. Eu simplesmente não sei. Não saem da minha cabeça trezentas mil de perguntas! E a maioria sem respostas. Minha cabeça fica tão confusa que as vezes desisto, resolvo parar de pensar, dormir, banho de água fria. Não tem resposta! Como pode, Dizem que Jesus nos ama, que ele era humilde e dizem depois que aqueles que não seguem a igreja ou uma religião, aqueles que não o idolatram não vão para o céu. CONTRADIÓRIO. E o mais estranho, é que quando eu estou lá, quando estou lá dentro da caixa de concreto chamada Igreja, eu não penso nada disso, agradeço pelas lições e só. Porque todas essas perguntas aparecem no meio do nada e somem derrepente? Porque ficamos procurando coisas melhores e melhores! Se não soubéssemos da TV de plasma ou do carro-robô nós estaríamos todos felizes, na mesma condição sem nenhum superior. Ah quer saber, eu nem sei por que eu escrevo sobre isso! Não sei nem porque todos nós não somos mudos, surdos e cegos. Só sei que eu não sei o que existe após a morte e também não sei o motivo dessa vida. Estou pior do que barata tonta, porque criar algo imperfeito? Dar uma liberdade tão ágil que cria a porta do sofrimento? Ah, chega chega chega. Nem eu sei mais do que estou falando. Mil mortes, Mil nascimentos, Mil transformações. E qual o motivo de toda existência? A causa todos sabem o porque, ninguém.
Assuma Amor própio
Cansei das vezes em que suspirei a força por sua culpa. É tão enjoado o jeito como você tenta ser melhor, é tão estúpido como não percebe a ausência de personalidade dentro de ti. Eu já cansei, estou Exausta. Não é a primeira vez, nem a segunda e nem a ultima. Sempre crítico e você vêm com suas desculpas inventadas, não falo das cores ou do material. Eu tento de todas as formas, mas você insiste. Eu não vou mais impedir que digam que você é o reflexo em um espelho barato, da minha imagem. Você vai ser o que quiser ser e eu, eu vou até sambar quando você for diferente, ou até perfeita. Não quero teu mal, ao contrário! Meus ouvidos estão doídos de ouvir conversas chatas sobre o quanto você parece não ser de verdade. Eu quero valorizar você, mas você quer ser diferente, não quer ser você. Ao menos tente. Controle o que não ser perfeita causa na sua mente e apenas tente, tente sempre ser melhor que eu. Mas não melhor nas coisas em que sou boa, melhor em outras coisas, melhor em muitas coisas. Amiga, Irmãs. Legal, foda-se; é desculpe, mas foda-se. Não precisamos ser clones porque temos gostos iguais, eu gosto de ser diferente, você sabe disso, mas acaba tornando tudo muito banal. Pare de uma vez por todas, você não é uma modelo e eu não sou uma estilista.
Mesa da vida
Após perdermos um jogo, o que queremos é superar, então é simples e incrivelmente burra a solução. Chamamos as pessoas que gostamos para a mesa, ao menos é como as consideramos, afinal de contas elas não conhecem o nosso jogo. Ao pegarmos a carta errada, a carta pesada, a carta que rebaixa, nós queremos imediatamente dá-la para outro e ordinariamente por à mesa todas as boas que tínhamos na mão. Em passos leves e Rudes nos levantamos da mesa e bebemos do mais caro, amargo e fútil álcool apenas para nos mostrar fortes. Agora vamos lá, o que temos em mãos? Um copo vazio? Resto de bebida? Nada mais nada menos que nada. Sem frases, sem palavras, sem cartas nem jogadas. Mantemos na lembrança apenas pontos insignificantes de mostrar-se um bom jogador. E de nada vai adiantar meu amor. Estamos sozinhos, entregando-nos a um momento pequeno de prazer, e de grande fraqueza. E durante esses poucos segundos, os que colocamos em nossas jogadas sentem insegurança, pressão, prisão; Cartas ruins sobre a mesa, cartas ruins em mãos. Eles não podem se ajudar, pois é contra as regras de nosso jogo. De tão boas pessoas, quem vai querer trapacear? Agora não importa se ganhamos o jogo sem quebrar nossas próprias regras corrijam-me se eu estiver errada. Sairemos de mãos vazias, com um orgulho disfarçado e seguido de pessoas enfraquecidas. A vida é uma mesa e nós escolhemos o que fazer sobre ela, então amor, pense antes de agir e tome cuidado, certos sucos derramados não saem com água
Toca Discos no deserto
Era um dia normal e com a rotina normal de uma adolescente da cidade, acordei de bom humor, coisa rara, havia tido um sonho muito estranho, uma praia deserta com um disco rodando, mas era um disco de vinil tocando uma música moderna, não tinha vozes, era apenas. Apenas o ritmo. Andando para o colégio, pensava em como contar à minha melhor amiga, ela era a única que não ia me chamar de louca, isso era bonito, para nós. Do portão, vi um grupo de pessoas nervosas, estressadas, agitadas e chorosas, formando um circulo deformado. Eu fui chegando perto, minha amiga podia esperar! Essa era uma curiosidade que só ali, naquele momento, eu ia poder matar. MATAR, merda, palavra de merda. Fui chegando perto e vi todos os olhares cautelosos se virando em minha direção, eles pareciam ter penas e outros pareciam ter medo, um braço me envolveu pelos lados e eu fiquei totalmente imóvel. "Não avance, é duro, difícil, não vai agüentar". "Não quero saber", foi o que consegui dizer até aqueles braços soltarem meu corpo. Respirei fundo e fui abrindo caminho pela multidão, mas foi muito, muito estranho. As pessoas não queriam me deixar ver, eu caí e fui feito um bebê, já preocupada e nervosa com o que poderia ser, pensei em várias possibilidades... Uma delas que minha amiga, minha linda amiga poderia estar no chão, jogada, estraçalhada, mas eu não tentava imaginar, não queria. Quando cheguei à frente de todos, fechei os olhos, era o perfume dela. Chorei por impulso e reflexo, mas parecia que ninguém, ninguém se atrevia a questionar ou se quer consolar. Abri os olhos, foi a pior sensação da minha vida, eu queria acabar, acabar com o mundo, com a minha vida, com Deus com todos. Minha amiga, MINHA AMIGA! Imagine sua amiga no chão, sem cor, coberta de sangue, morta. Como é que alguém pode viver assim? Ela era minha alma, um pedaço de mim. Eu não conseguia falar, estava sem ar, sem vida, queria que fosse um sonho e que minha realidade fosse a praia deserta com ritmo da música, aliás, a música caia bem no momento, era trágica e melódica. Senti meus dedos congelarem e meu corpo tombou, eu caí e abracei, não podia não podia não podia não podia, NÃO PODE! Não pode ser verdade. Eu sentia o sangue me envolver tanto quanto a envolvia. As pessoas queriam me tirar Dalí, INUTEIS! Minha amiga morreu, eu preciso dela e essas pessoas só pensam em me tirar do ultimo abraço. Não importava o quanto estávamos ensangüentadas, não importava o quão fria e sem cor ela estava, não importava se eu não sentia o coração dela bater, não era possível ela estar morta e eu não ia solta-la em quanto seus braços não me apertassem com tanta força quanto a que eu estava usando. Mas não aconteceu, ela estava morta. O vazio ocupou todo meu peito, ocupou todo o meu corpo e eu só queria gritar, mas parecia que minha voz tinha sido levada, levada junto da alma que me confortava. Ninguém sabe a dor, eu queria arrancar todos os fios de cabelo que eu tinha, queria arrancar cada célula do meu corpo, queria dar minha vida para ela. Eu queria morrer e eu morri. Morri de sentimentos, morri de amor, morri de vida. Havia só um corpo vazio onde minha alma estava presa. E ninguém sabe, e ninguém pergunta por quê. Presa entre quatro paredes brancas, roupas brancas, tudo branco. Luta contra paz? Eu não estou louca! EU ESTOU MORTA. E porque todos querem me manter viva se eu não quero viver? Qual a diferença entre eu estar morta e estar viva, mas sem vida? Então eu pulei. Pulei da minha mente para meu sonho, e eu dançava, dançava as músicas que tocavam do meu toca-discos do deserto e ninguém entendia. Sou eu quem não entendo, Há algo de errado em dançar? Eu não estou viva, estou na minha mente e todos estão loucos. Para que viver em uma caixa branca com um toca disco, o toca disco do deserto. Não estou dançando sozinha minha amiga está ali, olha lá! Eu dormi e sonhei de novo, e ela dançava com o toca disco, ela dançava, ela dançava. "Ela está morta, não tem ninguém ali, isso não é um deserto, que música?" Ninguém nunca vai entender, sou muito mais feliz com o corpo morto aqui e a alma dançando junto de minha amiga a música melódica do nosso toca-discos, meu toda-discos, O toca-discos no deserto.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um mundo sem sentidos.
Outro dia parei para pensar que sentido tem o mundo e não cheguei a conclusão alguma. Será que o mundo não tem sentido? Dizem que o ser humano tem não sei quantos sentidos, que interligados nos dão chances para a sobrevivência. Quando um de nossos sentidos falha, a vida torna-se mais complicada, mas ainda é possível sobreviver - ou viver, como querem os mais otimistas. Deve ser complicado viver sem um de nossos sentidos. Tipo, perder a visão. Viver no escuro, não saber o que se passa a milímetros do próprio corpo. Fico imaginado se uma manhã qualquer eu abrisse os olhos e não enxergasse nada. Não sei qual seria minha reação. Provavelmente, dependendo do meu estado de excitação, eu apenas ficaria deitada na cama, tentando entender o que aconteceu e não chegando a conclusão alguma, me poria a gritar e se não tivesse ninguém por perto eu ficaria gritando sozinha, ou pior, talvez tivesse ao meu lado alguém com um senso de humor negríssimo que me deixaria ficar me desesperando só pra ver no que iria dar.
E se fosse a audição? Ai... eu como a pessoa curiosa que sou, ficaria a ver as pessoas mexendo os lábios sem poder saber o que dizem... Socorro! Provavelmente eu nunca mais acordaria ou ficaria pensando que o mundo enlouqueceu. Ainda mais estando sozinha. Iria achar que a TV e o som estavam com defeito, iria olhar para fora, ver passarinhos que não cantam carros que não fazem barulho. Que coisa! Não poderia mais escutar minha banda favorita, nem as vozes de que gosto. Nem escutaria minha própria voz. Viveria em um eterno silêncio, teria muito tempo para pensar. E quando visse as coisas erradas não iria poder protestar. E se eu tivesse vontade de falar com alguém, se eu precisasse chamar alguém? E se eu quisesse gritar gol?E se eu não tivesse olfato e nunca mais pudesse sentir o cheiro da natureza? Não soubesse pelo ar quando algo esta queimando, se eu não pudesse sentir o cheiro do mel e do vinho? E se eu não pudesse sentir o cheiro da primavera e do inverno, o cheiro de terra molhada?
O meu próprio cheiro. E pior, se eu não tivesse tato? Acho que se eu perdesse o tato seria muito estranho. Será que existe alguém no mundo que não tem tato? Que não sente quando esta quente ou frio duro ou mole?Acho que não. Isso deve até ser perigoso demais. Meio difícil de ocorrer. E todos os outros sentidos que dizem haver? E se eu perdesse todos os meus sentidos, mas me mantivesse vivo, o que fariam comigo? De repente poderiam me ter por morto e me enterrassem viva? Bem, antes ser enterrada viva do que viver sem sentidos.Mas e o mundo? Que sentido possui o mundo? E se ele não tiver sentido, vivemos nós então em um mundo morto? Será que todos estamos enterrados vivos e não sabemos? Que sentido tem o mundo? Será que tudo acontece por que tem que acontecer, será que o mundo da suas voltas para acabar sempre no mesmo lugar? O que acontece com a gente então? Eu sou tão leiga nessas coisas da vida que nem sei de mim mesma.
Perco horas tentando formular teorias brilhantes para explicar as maiores besteiras e acabo sempre perdendo meu tempo. Eu não consigo nem chegar perto do que seria a idéia de viver sem um de meus sentidos, me aterroriza , fico perplexa. Perder algo que é essencial na minha natureza parece ser insuportável, mas tem tanta gente por ai vivendo sem um de seus sentidos que nada deve ser tão horrível assim. E uma vida sem sentido, como ela pode acontecer? Deve ser acontecendo, acontecem tantas coisas sem sentido algum por ai. Tudo é lógico e ilógico. Mil coisas que podem mudar o mundo acontecem em um segundo e eu não me dou conta da metade delas. As coisas são e simplesmente são. O mundo, com ou sem sentido não passa de um mundo relativo onde tudo é metafísica. Até eu sou metafísica. Este texto não passa de metafísica. Quanto não souber explicar, não EXPLIQUE!
Para você minhas palavras, minha compaixão.
Já se sentiu sozinha? Obscura? Abandonada? Quando parece que todo mundo está bem e feliz menos você. Parece que todos se entendem e vivem harmoniosamente, mas ninguém te entende.É você já me perguntou isso um dia, mas eu nunca me senti não... A verdade é, ninguém tenta entender você, porque o seu problema nem é algo grande, e talvez nem um problema seja, com certeza se tentassem entender, entenderiam. Olhando bem, realmente não é um problema, é só uma pequena perturbação sua, da sua mente, que tu causara. Tudo parece tão longe e tu repetes para si mesma como acha o mundo injusto. Oh linda hipocrisia, o mundo é injusto com você? E tu não é injusto com o mundo também? Ah tu és injusto com todo mundo. Nunca perdeu seu tempo dando um sorriso para a pessoa que passava perto. Mas e daí? Nunca teve amor a ninguém nem a própria família. Mas e daí? Quem disse que tu se importas com as outras pessoas? Tu até já esqueceu que elas têm sentimentos iguais ti. Talvez seja por isso que elas não perdem mais o tempo contigo. Acha maldade eu te mostrar isso? Maldade é o que tu fez com tantas emoções, é tu as despedaçou. Tu mesma cavou esse buraco em que você estava quando tentou amolecer meus sentimentos para pedir ajuda. Agora me diga, estou mentindo? Quantas vezes te falaram coisas lindas e tu sempre achou que eram mentiras? Qual foi a ultima vez que tu confiou em uma pessoa? Ah desculpa, tu não se lembras. Qual foi a ultima vez que tu confiou em mim? Na verdade isso não faz muito tempo, mas só aconteceu quando tu não tinhas mais opções. Eu adoro esse odor desagradável da falsidade. Adoro ainda mais quando se mistura com o do arrependimento. E claro quando não vem de mim, nunca veio de mim. Estou sendo má? E quantos as vezes que tu ignorou meus pedidos de ajuda? E quanto às vezes que eu precisava de um ombro amigo, ou uma pequena mão? tu não se lembras? Sério? Eu sei porque não se lembras, tu nem ao menos presto atenção quando eu te falei. Ainda me acha má?
Eu não sou má, te digo bem, sou uma pessoa de ótimo coração diferente de ti. Por isso te ofereci o perdão quando te tirei do buraco que tu cavaras, caíra e estava pedindo ajuda. E tu me achas má por ter que ouvir isso agora. Estou te ajudando, entenda, tu ainda vai me agradecer. Só tem uma coisa, te oferecer o perdão não quer dizer que um dia te amarei como antes, meu amor fraternal sumiu, me desculpe, podemos ser conhecidas, pode me pedir ajuda, ajudarei até o cachorro sarnento que morre na minha porta, isso nunca me foi problema. Agora me deixa só lembrar de nunca pedir mais a sua ajuda. Mas no fundo eu sei e eu tenho que te dizer, ainda te amo. Tu foste uma grande amiga. ♥

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Infelizmente, é a minha realidade.
Eu tinha feito meus planos. Concluído que se eu me tornasse uma pessoa melhor, tu gostarias ainda mais de mim. Porque é assim que as pessoas reagem, pelo menos a maioria delas, quando alguém que fez algo de errado, se desculpa e se explica.Mas pensando em tudo, em você e em mim, criei uma grande situação caótica. Acho que eu invento muitas relações imaginárias, e eu não deveria fazê-lo. Muito menos com você. Mas cansei de ser orgulhosa, grosseira, e como você disse mesmo? ''Sra. Não Preciso de Ninguém''. Eu achei que me mudando, eu seria alguém melhor, pra ti.A raiva tomou conta de mim, quer dizer, eu sempre sinto raiva brigando com você. Há uma grande possibilidade de ser só mais uma situação caótica criada por mim, mas me mudar não adiantaria nada. Eu voltaria a ser o que sou, e isso nunca faria diferença pra você. Tu gostas de mim assim. Pelo menos eu tenho a quase certeza disso.E sinto mais raiva ainda por você não entender, que tudo que eu faço, é pra tentar te fazer feliz. É tão complicado confiar e acreditar em mim? Eu sei, não gosto da maioria das pessoas, eu me afasto, me afastei de ti. Mas o que isso importa? Já passou, e agora, a cada momento, eu tento me reconciliar. Mas você não acredita nas minhas palavras.Um simples ''Eu te amo'', parece tão vazio e falso pra você? Eu não minto, muito menos para alguém que é importante pra mim. Alguém que significa muito.Acho que tu não entendes, mas não se preocupe, você não foi a primeira.E se você gosta tanto de mim, que se ferre as minhas desculpas. Não quero pedir desculpas, e se eu machucar você, te magoar, me afastar de vez, tu não vais se importar. Porque tu realmente transparece não ligar. E já que tu não acredita, posso voltar a ser o ''Srs. Não Preciso de Ninguém''. E já que desculpas geralmente não fazem parte do meu vocabulário, quero que você se ferre, porque eu me sacrifiquei por ti, mas não vale a pena quando tu começa a ser a fraca da situação. Eu te amo. E isso é real, compreende?
Rotulagens, estilos, tendências. Tudo acaba me irritando.
Não posso ir ao shopping e ver alguma coisa que não se pareça comigo e ficar irritada. Talvez seja porque hoje em dia todos sejam tão..iguais, e eles acham graça nisso. Talvez porque o mundo deu aloca, e todos queriam ser diferentes. E acabou ficando tudo igual, banal, centralizado. E o mundo incentiva isso. Tudo tem que ter um protocólo, VOCÊ tem que ser como ELES planejam, se não não é aceito. E isso chega a ser triste, deprimente. Se você tem uns quilinhos a mais, os homens já te ignoram. Se algum homem não for forte, as mulheres já olham estranho. E as pessoas diferentes, alternativas, só andam com gente igual a elas. E isso só PIORA tudo. Vocês não vêem, não vêem que com as diferenças juntas poderia ser tudo melhor. Afinal, não é ver Tribos no canal Multshow que você vai realmente começar a respeitar tudo que é diferente de você. NUNCA consegui aprender isso, sem antes conviver com pessoas assim. Na escola, eu sou a diferente. Foi difícil, as pessoas não gostaram. Até os professores acharam estranho. Mas depois de algum tempo, elas vêem que até as pessoas mais diferentes tem algo em comum. Acaba batendo os gostos. Afinal, tudo foi criado aqui, no planeta. Tudo isso, é invenção de alguém. E nós somos apenas marionetes, sem controle sobre isso 'tudo'. Talvez, podéssemos mudar, talvez..o Mundo pudésse mudar com a gente. O ego das pessoas, é tão grande. É tudo tão voltado para nós mesmo, que nós não percebemos que o outro, é o que vai estar ali para nos ajudar. Não é o mundo que é injusto com você querido(a) é você que é injusto(a) com ele. Aprenda a ver, que repassando respeito e amor, você poderá conseguir algo em troca. Mas talvez..mesmo depois disso, você não receba. Porque hoje em dia, você pode plantar o que quizer, que o solo não estará preparado para dar de volta para você, não mais. O solo está cansado demais de tudo que plantamos, de tudo que sugamos. Agora, nem amor, nem NADA poderá te salvar. Afinal, acho que a bebida seria uma boa.
Ninguém ama outra pessoa pelos atributos e valores que ela tem, caso contrário os decentes, atraentes e moralistas politicamente corretos teriam uma fila de pretendentes, solicitadores e admiradores batendo nas suas portas.
O amor não é chegado a conceitos, reputação, subtração, suposição; o amor não obedece à razão. O amor verdadeiro acontece por empatia, por atração magnética, por conjunção astral e estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é instruída, estável e é fã do seu artista favorito. Isso são só fatores referenciais. Amamos pelo perfume, pelo segredos, pelo completo estado de serenidade de espírito que o outro nos proporciona, ou pelo rigoroso tormento que nos provoca.Amamos pelo jeitinho como a voz se modula, pela maneira que os olhos piscam, pela fraqueza e instabilidade que se declara e divulga repentinamente, quando menos se espera.Tu amaas aquela insolente. Tu escreves várias vezes, ela não responde nenhuma. Tu deu flores, ela as deixou secando, morrendo lentamente.Tu gostas de jazz e ela de pop, tu adoras o mar, ela tem medo de nadar, tu execra o Natal e ela tem aversão ao Ano Novo, nem na antipatia vocês combinam. E aí? E aí, que o jeito com que ela sorri de um jeito te deixa embasbacado, o sorriso dela é o pleno sentido da verdade, o beijo dela amacia os seus lábios e suaviza a sua alma. Tu adoras altercar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Tu amas aquele cafajeste, homem de ínfima condição. Ele diz que vai te encontrar, não vai e não te liga, ele veste o primeiro farrapo que encontra no guarda-roupa. Ele é um maluco que vive vagando por aí, está sempre duro, é meio galinha e não tem destino planejado. Ele não tem a menor vocação para príncipe do seu castelo e ainda assim você não consegue tirar ele da sua cabeça.Quando a mão dele toca na sua nuca, tu se retorce de satisfação e paralisa de prazer. Ele toca gaita de boca à noite inteira, adora cinema iraniano e escreve poemas. Por que você ama este esquisitão? Não pergunte pra mim; você é sensato. Lê Dostoiévski, a Galileu e o New York Times. Gosta de filmes cults neo-impressionistas, gosta dos irmãos Coen e do Woody Allen, mas sabe olhar e ver – não basta olhar sem ver – o valor em uma boa e tradicional comédia romântica.Tu és linda. Balança os seus cabelos de chocolate em perfeita simetria com o vento, o esparrama pelos seus ombros. Independente do mundo e dependente da sua vontade, ocupação fixa, conta corrente razoável. Gosta de viajar, ouve Eric Clapton e Bob Dylan, é aficionada pelo MSN e Orkut, seus dotes culinários são notáveis.- Tu és extremamente cômico, não está nem aí para a vida dos outros e adora transar. Com antecedentes como esses, criatura, por que tu estas a vagar sem um amor?Amor é prosa; sexo é poesia. A inconveniência do sexo é acabar se apaixonando. O risco do amor é rolar só amizade. A essência do amor é a pureza. A essência do sexo é o pecado. Ah, o amor, esta maldição colorida.
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas um cálculo aritmético: voluptuosa + perspicaz = dois apaixonados. É, mas amor não é soma, é geometria. A medida do amor é amar sem medida.- Não funciona assim. Amar não solicita conhecimento preliminar nem consulta ao SPC. Amamos – acima de qualquer definição supérflua – exatamente pelo que o amor tem de incrível, de indecifrável, de inexplicável; amamos com os cinco sentidos. O amor quer superar o insuperável; o amor quer sobrepujar a morte.- Virtuosos existem muitos, generosos têm sobrando – circunstancialmente falando – altruístas mais ainda.- Mas não conseguimos sermos similares ao grande amor da nossa vida, ninguém consegue. Até porque, o ser humano na sua essência é diferente, é mutável, é inconstante. O amor sonha com uma grande redenção. Mais do que isso: o amor é uma ilusão sem a qual nós não podemos viver.

Essa sou eu, parada.

Pode me chamar de Alexandra.Eu só preciso me lembrar de como era no início, quando era um vício difícil de deixar.Meu Heavillon foi revigorante.Amanhã, to em 2009.E se ninguém quiser ouvir, tudo certo.As canções já não me dizem mais nada.Poderiam dizer.