quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Será? Será que conseguimos realmente esconder e enterrar um grande amor dentro de poemas e poesias? Embaixo de fotos, lembranças e uma amizade tola vou morrendo por dentro numa tentativa falhada deixar de lado aquilo que nitidamente faz parte de mim ainda hoje. Amor, ou era eterno ou não era amor. E entre essas palavras de Nelson Rodrigues viajo pelo meu passado e vejo que platônicos foram meus amores, um tanto intensos, mas muito superficiais. Menos um, o eterno. Primeiro grande amor, de história de filme, amor de criança, que parecia impossível. Tão inocente e tão envolvente, aquele amor que me fez passar noites em claro só de pensar quando iríamos nos ver, e nos ver denovo. Aquele amor que me fazia suar só de ver minhas mãos junto as suas. Aquele que me pegou no colo e me chamou de "Minha". Amor este que tantas vezes foi meu refúgio, minha única saída, meu único amigo e meu ombro pra chorar. De onde vinha minha calma, mas também de onde vinha minha preocupação. Aquele que fora o mais intenso dos amores, o maior e o mais verdadeiro. Peço todos dias para que não se esconda mais de mim, mas em meio a risadas e ironias vai se afastando. Afastando de minhas mãos, afastando-se do meu presente. Ainda o quero; meu anjo. Seu olhar ao me ver pela primeira vez eu ainda lembro, seu jeito carinhoso e, principalmente sua paciência me deixavam constantemente silenciada. Queria que tudo voltasse a ser como era... Cartas, surpresas, histórias, desejo e saudade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário