sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Minha secreta diversão.

“Inconsequente!” as vozes gritavam e dedos apontavam em minha direção como se eu fosse uma assassina que não conhecesse as consequências muito bem. Todos diziam que eu era uma causa inútil, uma adolescente sem futuro, perdida no mundo e dentro de si mesma. Ponhavam-me para explicar o que acontecia em minha cabeça, mas eu sempre conseguia escapar, explicando letra de uma música ou trecho de um livro qualquer. Eles que acabavam mais confusos a cada sessão. Um dos padres da instituição onde estudava chegou a me chamar no meio de uma aula qualquer para conversar em particular. Ele disse que somente Deus poderia me ajudar. Respondi que Deus não existe e fiquei com a reputação ainda pior. Só que eu não me importava. Eles apenas não entendiam que, para mim, a maior diversão não era destruir móveis, perseguir pessoas, não estudar e fazer o Diabo a quatro, mas receber o castigo. E quanto mais me repreendiam, mais eu aprontava. Mais me divertia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário